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EM CRIAÇÃO
TEATRO

PAISAGENS
INÚTEIS

de VANDA R RODRIGUES
PaisagensInuteis.jpg
EM CRIAÇÃO

21 e 22 de Junho - A Oficina, Guimarães

26 e 27 de Junho - Teatro Viriato, Viseu

Sinopse 

Até que ponto o quotidiano nos permite ver e ouvir uma paisagem? Teremos o tempo para abarcar a sua totalidade? Poderá um espectáculo recuperar esse espaço de contemplação e ócio?

Paisagens Inúteis é um espectáculo bilingue (Língua Portuguesa e Língua Gestual Portuguesa) que ousa considerar todas as capacidades como pretexto para aceder e dialogar com a paisagem. Almeja ser acessível e falha, orgulhoso da sua tentativa.

É um caminho real e metafórico na direção do horizonte. É uma odisseia: inútil e inutilista. Até lá, diversas são as paragens, ou serão paisagens?

 

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

 

Direcção artística, texto e interpretação: Vanda R Rodrigues 

Objectos e co-criação: Sara Franqueira
Interpretação e co-criação: Margarida Montenÿ
Apoio à dramaturgia: Silvana Ivaldi

Apoio ao texto: Joana Bértholo

Produção: Carolina Gameiro

Fotografia: Belmiro Ribeiro

Tradução e consultoria em LGP: Sandra Cavaco

Apoio à audiodescrição: Roberto Terra

Produção: Antípoda Associação Cultural

Co-produção: A Oficina, Teatro Viriato

Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian

Residência de co-produção: O Espaço do Tempo

Residências de investigação e apoio às acessibilidades: A Oficina, Dançando com a Diferença

Apoio à residência: _ARTERIA_LAB, Colecção B

Agradecimentos: Escola Básica Manuel Ferreira Patrício – Évora, Centro Social de Brito – Centro e Lar Inclusivos do Polo do Paraíso, CERCIGUI – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos com Incapacidades de Guimarães e Santa Casa da Misericórdia de Guimarães – Lar Residencial Alecrim

Classificação etária: M/6

 

O projecto 

Este espectáculo propõe um dispositivo não capacitista e busca que as acessibilidades sejam consideradas no processo de criação e não como recurso acessório da apresentação. Assim, recorre-se à língua portuguesa e língua gestual portuguesa para a criação de um espectáculo bilíngue, integra-se a audiodescriçãona criação do texto, e ambiciona-se que as movimentações e os estratos interpretativos - conscientes da sua impossibilidade - possam abranger todos os corpos e todas as percepções.

 

Em cena, o representativo vai dando lugar à abstração e a palavra vai dando lugar ao som e ao gesto... E tudo cai para dar lugar ao silêncio e à contemplação. 

Este caminho de desconfiguração é apresentado no texto dito pela actriz, na audiodescrição integrada e na estilização do movimento cénico e da língua gestual portuguesa.

 

O espectáculo é apresentado em forma de percurso site-specific, relacionando-se com a paisagem, e mais do que isso, mediando a paisagem. Essa mediação é realizada através de objectos, estes objectos "inúteis", de função poética e não utilitária, são parte de um todo que só existe com a interacção do público e das intérpretes com o espaço e a paisagem. Esta colecção de objectos inventados pode ser lida como um conjunto de esculturas de pequena escala ou de joalharia de grande escala, que funciona em relação com o corpo e com o espaço e é por isso também cenográfica, já que cada objecto só existe de forma plena na sua manipulação e observação. A criação destes utensílios está ancorada em discursos da arte contemporânea e no rasto da histórica tradição do movimento Fluxus. Ocupando naturalmente um lugar intersticial, cada objeto é pensado como um  despoletador de imagens e de acções.

 

Paisagens Inúteis é um objecto teatral multidisciplinar com uma sua forte relação com as artes plásticas: escultura, pintura e até em proximidade com a Land Art, integrando-se no terreno natural e tornando-o não só parte do dispositivo cénico, mas também do texto, numa relação adensada pela audiodescrição aí integrada.

 

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